Éramos Seis resenha
Maria José Dupré
O livro inicia com uma velha senhora passando na avenida Angélica, em São Paulo, onde residiu por muitos anos. Ao pensar em sua casa a velha senhora não consegue resistir e acaba indo olhar a janela da casa onde viveu a infância dos filhos e juntos ao marido. Ao ver cada canto da casa em que fora muito feliz e onde sofreu muito a autora começa a nos narrar fatos da sua vida e de sua história na casa da avenida Angélica.
Ela começa a nos contar sobre a infância dos filhos que as vezes brigavam pela cor dos cravos que haviam no jardim e como filho Carlos caiu na escada e ganhou um galo na cabeça. Como estava preocupada pela vinda das duas irmãs a sua casa, que pensava ela causaria atrito com o marido.
Aos poucos vemos as crianças crescerem sob os cuidados de Dona Lola e a opressão de seu marido Julio, que como era normal a época era extremamente grosso, machista e costumava descontar suas frustrações nos filhos. Vemos se formar a personalidade de cada um, Carlos que gostava muito de estudar e desejava ser médico era o mais apegado a mãe, Alfredo, que se via maltratado pelo pai tinha um comportamento estranho e sempre andava com moleques de rua, Julinho que vendia tudo o que podia e sempre guardava dinheiro e Isabel, a filha mimada pelo pai que era muito vaidosa.
Na época Dona Lola e seu marido Julio lutavam para pagar uma prestação da casa todo final de ano por dez anos.Doenças, brigas e festas, como o casamento de Olga, a irmã mais nova e o enterro da mãe de Dona Lola, marcavam os dias da família.
Pode-se dizer que o divisor da águas na história da família é a morte do marido de dona Lola, por causa de uma úlcera no estômago, que vai evoluindo e acaba o levando em treze dias. A partir dai a família começa a lutar acirradamente por sua sobrevivência, a irmã de Dona Lola, Clotilde, passa então a morar com eles e ajudar a Lola e aos filhos com a fabricação de doces, para a venda as vizinhas e na confecção de peças de trico, os filhos de