Álcool anitro destilação extrativa utilizandomeg

Tipos de moendas
Os chineses foram os precursores da extração do caldo de cana com moendas e, desde lá até nossos dias, não cessaram os aperfeiçoamentos. Das moendas de madeira ou de pedra, de dois cilindros (ou rolos) verticais, que não extraíam mais que 10-15% do caldo de cana, chegou-se às moendas de três rolos horizontais, de ferro, comumente dispostos e assentados em série, que podem extrair em torno de 70% de caldo existente na cana. Algumas moendas foram construídas com mais rolos, em número de quatro, cinco e seis, mas predominaram as de três rolos (Figura 4). A força motora anteriormente utilizada (tração humana, animal, água e vento) foi substituída pelo vapor e pela eletricidade.
Para obter boa eficiência com alta extração de caldo é preciso saber escolher a moenda, qualquer que seja o seu tamanho, tipo, modelo ou capacidade. Desta escolha depende, em grande parte, o sucesso do engenho, pois o poder extrativo da moenda está diretamente ligado a maior ou menor rendimento agroindustrial de açúcar ou álcool.
Há no comércio muitos tipos de moendas para pequenos engenhos de cachaça, muitas construídas por cópia ou sem conhecimentos técnicos a respeito de moagem e que não têm bom desempenho quanto à capacidade e à extração do caldo.
Nos engenhos de cachaça artesanal é comum o uso de uma única moenda, mas esta não extrai todo o caldo da cana nem todo o açúcar que este contém. Num engenho artesanal há perdas consideráveis de sacarose contida na cana, o que causa baixo rendimento em açúcar, álcool ou cachaça, mesmo que as demais operações de fabricação sejam as melhores. Este é um ponto importante a resolver para reduzir o custo de produção da bebida destilada.
Antes de discutirmos a moagem em mais detalhes, convém mostrar as principais partes de um terno de moenda de cana (Figuras 4 e 5).

Figura 4. Terno: unidade básica de moagem. Caldo de cana

Figura 5. Visão esquemática lateral de um castelo de moenda e suas partes básicas.
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