Água como fator gerador de riqueza
A água tem valor econômico. Em alguns países, ela é rara e dispendiosa. Sem água, agricultura e indústria não se desenvolvem. A água tem valor social, pois as populações, na cidade ou no campo, dependem dela para a sobrevivência.A água tem valor estratégico. Os países ricos em mananciais sofrerão menor impacto em suas estruturas socioeconômicas com as mudanças climáticas. Em várias cidades do Brasil há desperdício de água nas redes de distribuição. Antes de chegar à casa dos consumidores, uma quantidade de água muito grande é perdida por conta de vazamentos ou problemas na tubulação. A conclusão é de uma pesquisa feita pelo Instituto Socioambiental (ISA), que constatou que o desperdício de água diário de todas as capitais brasileiras, daria para abastecer uma população de 38 milhões de pessoas. Ou seja, praticamente a população da Argentina inteira. Consultoria e Planejamento de Uso Racional da Água, revelou que o brasileiro gasta, em média, cinco vezes mais água do que o volume indicado como suficiente pela Organização Mundial da Saúde. Para a OMS, o consumo diário suficiente por pessoa é de 40 litros, enquanto no Brasil cada indivíduo consome cerca de 200 litros por dia. De acordo com a consultoria, faltam políticas globais de incentivo ao uso racional deste bem e as iniciativas existentes estão sempre voltadas para o aumento da produção de água, e não para a diminuição do consumo. Há alternativas, por exemplo, que permitiriam reduzir o consumo imediatamente, sem necessidade de novos investimentos.
A quantidade de água no planeta, de fato, não se altera. Desde que o globo se esfriou, há muitos milênios, são os mesmos 1,4 bilhão de quilômetros cúbicos. Mas só podemos usar uma gota desse manancial. Primeiro porque precisamos de água doce. E só 2,5% da água do mundo é doce. Dessa pequena parte, tire dois terços, confinados nas calotas polares e no gelo eterno das montanhas. Do que sobrou, desconsidere a maior