África
Desse modo como foi colocado por Hernandez (2005):
O problema posto nessa lógica interpretativa possibilita que o diverso, no caso a África, seja enquadrado no grau inferior de uma escala evolutiva que classifica os povos em primitivos e civilizados. Mas qual África?
Conforme o discurso instituído, teria havido uma cisão em tempos remotos entre a África branca com características mais próximas das ocidentais, mediterrâneas e uma África negra que se ignoravam mutuamente porque, separadas pelo deserto do Saara, ficavam impedidas de qualquer comunicação. (HERNANDEZ, 2005, p. 18.)
A priori o que justificava a espoliação causada aos africanos era a religião, por ser considerado um povo sem alma e inferior por não ser humano, mas ao emergir as explicações racionais através do século das ‘luzes’ o europeu ‘desbravador’ e institucionalizador dos conceitos etnocêntricos em relação à África e aos africanos vê a emergência de justificar sua espoliação através da razão, dessa forma as ciências sociais passam a utilizar conceitos e metodologias das ciências naturais para tal justificativa.
Assim é comum ver entre os séculos XVIII e XIX explicações e pesquisas que classificasse o homem, a principio o subdividia e posteriormente, mas precisamente no inicio do século XIX essa classificação era feita por raça.
É notório que os argumentos teológicos que justificaram a escravidão dos africanos pelos europeus desde o século XV tiveram que ganhar