Serviço militar e reconfiguração familiar na capitania do Grão-Pará na primeira metade do século XVIII.
Apresentação (nome e vínculo)
Pesquisa (como e sobre o que?)
Para esta comunicação trouxe uma das questões que me ocupo no 3º capítulo da dissertação que trata da implicação do recrutamento compulsório e interno para a vida dos moradores da capitania.
Defesa e Militarização da capitania
Defender imensos territórios com recursos econômicos limitados e impossibilidade de prover as tropas nas conquistas com soldados vindos do reino.
Possíveis soluções da Coroa ( por exemplo)
Uso de antigas práticas como o Degredo para engrossar as fileiras das tropas pagas;
E o Recrutamento Compulsório dos moradores da própria colônia. (é nesse ponto que quero concentrar nossas reflexões para esta comunicação)
Fontes, Limitações e Metodologia
Todavia, para percebermos as implicações do serviço militar na vida do recrutado, a análise da organização dessas três forças de defesa não é suficiente. Primeiro porque os documentos que se referem a essas estruturas trazem somente o quantitativo de gente alistada em cada companhia; em poucos casos a documentação vem acompanhada das listas nominais. Essa característica torna impossível a percepção de qualquer indício sobre a família do recrutado. Por outro lado, temos uma série documental especialmente interessante, os pedidos de baixas. É uma documentação recorrente no período colonial. Trata-se de um requerimento feito pelo soldado ou por outro interessado na maioria dos casos, parentes próximos, encaminhado ao Conselho Ultramarino para tentar se isentar do serviço militar. Esse era o meio previsto e de acordo com os regimentos militares, e, portanto, era o meio legal de ficar livre da obrigação de defesa.
Esses documentos são importantes para refletirmos não apenas a implicação do recrutamento na vida do próprio soldado, mas também de sua família. Felizmente, os documentos revelam os motivos