S ntese Hist ria Econ mica
João Fragoso e Manolo Florentino apontam neste texto que desde a fundação dos Annales, em 1929, até 1945 a História Econômica representava cerca de 60% dos trabalhos produzidos, já na famosa era Braudel(1946-69) essa porcentagem caiu para cerca de 40% dos trabalhos. É praticamente inevitável não se questionar o porquê de tal atenção a História Econômica, os autores colocam que essa ênfase dada a economia tinha forte relação com o contexto mundial da Guerra Fria, da internacionalização do capital, a descolonização e etc...
Já no Brasil a História Econômica ocupou lugar de destaque até o início da década de 1980, apontando que de cada dez trabalhos defendidos no Rio de Janeiro, seis se dedicavam a Hist. Econômica. A mesma só veio cair por volta da década de 1990, chegando a não ocupar mais lugar de vanguarda, de voga.
Autores com Jacques Le Goff e outros, que tinham forte participação dentro dos Annales começaram a questionar esses princípios, até no caso de profissionais que no início de suas carreiras tinham forte ligação com a História Econômica começaram a se distanciar deste campo e começaram se voltar para outros campos de estudo que começavam a se legitimar justamente naquele momento, final da década de 1960.
Os autores colocam que durante muito tempo a História Econômica abrangeu várias áreas, como se a mesma tivesse a capacidade de absorver, de resolver todas as problemáticas, porém, com o tempo a mesma passou a não “solucionar” mais tudo, foi justamente ai que a H. Econômica entrou em derrocada, porque era perceptível que a mesma não era uma Panaceia, ou seja, uma cura para todos os males. A História das Mentalidades ganhava corpo, a História das Mulheres e da Família também se legitimava, a História Cultural também já dava seus passos.
O texto aponta para uma clara queda da H. Econômica justamente por se afastar da História, dos historiadores e dos homens, evidentemente que no auge da História Econômica os historiadores que a