Rio+20
Entre críticas e ovações, a Rio+20 foi encerrada nesta sexta-feira, 22, após o documento “O Futuro Que Nós Queremos” ter sido assinado pelos chefes de Estado e governo e delegados que compareceram ao Riocentro.
Muito se debateu para estabelecer as chamadas “metas de desenvolvimento sustentável”, e após dias de discussões, finalmente foi elaborado o texto – bastante criticado por representantes de governos e pelas ONGS. Veja alguns dos principais pontos abordados no documento.
OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (ODS)
Esperava-se que a Rio+20 forjasse metas em áreas centrais, como segurança alimentar, água e energia. Mas havia poucas expectativas de que produzisse um conjunto definido de medidas mandatórias com prazos porque os políticos estão mais preocupados com a crise financeira mundial e a agitação no Oriente Médio.
O acordo propôs o lançamento de um processo para se chegar a um acordo sobre os ODS, que provavelmente vão se basear e se sobrepor à atual rodada de objetivos conhecidos como metas de desenvolvimento do milênio, que membros da ONU concordaram em buscar até pelo menos 2015.
“Resolvemos estabelecer um processo intergovernamental inclusivo e transparente sobre as ODSs que está aberto a todos os interessados, com vista a desenvolver os objetivos de desenvolvimento sustentável global a ser acordado pela Assembleia Geral das Nações Unidas (em setembro)”, diz o texto.
Os objetivos também devem ser coerentes e integrados à Agenda de Desenvolvimento da ONU depois de 2015, diz o acordo. Um grupo de trabalho com 30 integrantes decidirá um plano de trabalho e apresentará uma proposta para os ODSs à Assembleia Geral da ONU em setembro de 2013.
SUBSÍDIOS A COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS
Também se esperava que a Rio+20 pudesse definir um compromisso para todos os países para eliminar subsídios aos combustíveis fósseis. A eliminação gradual de subsídios para combustíveis fósseis até 2020 iria reduzir a demanda de energia