Rio+20 e eco92
Passados 20 anos da Eco92, a Rio+20, tem basicamente a mesma essência de duas décadas atrás. Àquela época, o cenário mundial já clamava por um início de mudanças efetivas: o termo desenvolvimento sustentável era delineado, ainda que praticamente desconhecido; era sabido que a emissão de gases poluentes na atmosfera acelerava o aumento da temperatura do planeta e que acordos para retardar esse aumento eram indispensáveis. Alguns foram assinados, ali ou mais tarde, como o Protocolo de Kyoto e a Agenda 21, metas foram postas à mesa, mas a balança garantiu um peso maior ao sucesso que ao fracasso, conforme as expectativas. E é este anseio que renasce agora. A Rio+20 também clama por novos rumos, mas com outras prioridades que, na visão de especialistas, definirão o futuro da humanidade. Economia verde, governança global, fortalecimento de um organismo da ONU voltado ao meio ambiente, outro indicador para mensurar o desenvolvimento estão entre as principais discussões – e também enérgicas desavenças entre ONU, bloco dos países em desenvolvimento e ricos. Novos padrões de consumo e criação de fundos para uma nova economia também norteiam a conferência.
Sobre a RIO+20 e seu Objetivo
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, foi realizada de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro. A Rio+20 foi assim conhecida porque marcou os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e contribuiu para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas. A proposta brasileira de sediar a Rio+20 foi aprovada pela Assembléia-Geral das Nações Unidas, em sua 64ª Sessão, em 2009.
O objetivo da Conferência foi a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de