O átomo quântico
Vimos até aqui que vários cientistas se dedicaram a tentar explicar certas características da natureza da matéria e que estas tentativas tiveram fracassos e êxitos, dependendo do tempo e do contexto histórico em que o modelo é colocado sob investigação. Por exemplo, o modelo de Dalton era muito bom na sua época porque conseguia explicar, de forma teórica, muitas características da matéria verificadas experimentalmente. Mas quando o homem descobriu a eletricidade, o magnetismo e as reações nucleares, o modelo teve de sofrer modificações. Atualmente um dos modelos mais bem aceitos pela comunidade científica é o quântico, cujo nome veio da teoria dos quanta proposta por Niels Böhr, que galgou uma repercussão muito positiva em certos aspectos, mas não em todos, passando forçosamente por uma evolução. É este modelo quântico da matéria que vamos tentar explicar aqui. Em primeiro lugar algumas colocações importantes: 1ª - Rutherford previu órbitas circulares para o elétron do Hidrogênio, H. Coisa infeliz! Ao se basear na teoria clássica da atração eletrostática:
F = m.a = q.vB
(onde m é a massa do elétron, a é a aceleração, q é a carga do elétron, v é a velocidade do elétron e B o módulo do vetor campo eletromagnético) o corpo em movimento circular cai até o centro de atração eletromagnética, sendo assim, o elétron cairia em espiral até o núcleo e a matéria entraria em colapso no universo inteiro. Mas isto não ocorre, a prova é que você existe e está lendo este texto, então as coisas ainda estão nos seus devidos lugares e a matéria ainda não colapsou. Logo a idéia da órbita circular teve de ser abandonada em prol de uma outra. 2ª - Ainda pensando na mecânica clássica, um elétron orbitando circularmente ao redor de um núcleo positivo, teria a freqüência das ondas de emissão de um elétron em uníssono com a freqüência de revolução deste mesmo elétron, gerando um espectro contínuo de emissão de ondas. Mas o que se