O verdadeiro neoclassicismo

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O verdadeiro Neoclassicismo – Palladio e o Neoclassicismo
O “legítimo” neoclassicismo só teria sido implantado a partir da vinda de Grandjean de Montigny. Esta impostação levanta duas questões paralelas: a) o que vem a ser um legítimo neoclassicismo e b) até que ponto as obras de Montigny se enquadram na categoria deste “legítimo” neoclassicismo.
Como ponto de partida devemos constatar que toda e qualquer revivificação parte de modelos preexistentes tidos como exemplares. Nesta simples postura já há um problema incontornável que é a necessidade de adequação de prédios que serviam a outras finalidades em outra cultura que precisam ser adaptadas a novos programas adequados a novas necessidades. Isto requer, obrigatoriamente, uma revisão dos conceitos que geraram a obra tomada como modelo. Isto gera uma série de tensões posto que, por um lado, o modelo pode ser variável e, por outro, o tipo de adequação às novas finalidades pode ser diversificado. Para exemplificar, se for tomado para modelo um templo grego, teremos uma boa quantidade de templos que podem servir para tal fim. Compete, portanto, ao projetista eleger o templo que julgar mais conveniente. No segundo caso, as novas finalidades ao qual se destina a nova construção não poderão se constituir numa cópia idêntica dado a suas novas utilizações o que requer adequações e adaptações.
Isto implica em opções que obrigatoriamente farão com que a nova obra se distinga da que lhe serviu de modelo. Portanto, qualquer revivificação terá obrigatoriamente de conter diferenças do modelo original. Se este problema é incontornável, surge a pergunta óbvia de qual seria a diferença que poderia ser considerada “legítima” em oposição à que seria “ilegítima”. Portanto, por princípio a questão de legitimidade não pode ser levada em consideração na avaliação qualitativa de uma revivificação porque quaisquer que sejam os graus de identidade com a obra tomada como modelo, necessária e obrigatoriamente, haverá de conter diferenças

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