"O velho, o menino e o burro" adaptação p/ o tearo
445 palavras
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Na verdade é só um texto rimado (lembra cordel) que adptamos p/ o teatro e será encenado pelas crianças dos 4º e 5º anos em novembro.A FÁBULA "O VELHO, O MENINO E O BURRO"
Merlânio Maia
Conta tradição antiga
Que um velho camponês
Precisando de dinheiro
Em certa altura do mês
E manda o filho caçula
Buscar o burro ou a mula
Para vender dessa vez
O menino vem ligeiro
Trazendo o belo burrinho
Seguiram os três pra cidade
Logo de manhã cedinho
Ninguém montou no animal
Pra ele não dar sinal
De cansaço do caminho
Porém numa feia curva
Daquela feia estrada
Viram feio viajante
Que falou: - “Que “besteirada”!
O animal vai vazio
E o pobre velho senil
Vai a pé na caminhada”
- “Vejam, só, que grande asneira
É promessa ou penitência?”
E o velho lhe deu razão
Dado a sua obediência
E foi no burro montando
E o menino foi puxando
Na mais pura inocência
E foi dizendo o velhote
- “Só assim ninguém reclama
E tapo a boca do mundo!”
Sem saber que o mundo trama
Logo à frente as lavadeiras
Lavando nas corredeiras
Gritaram: - “Mas que burrama!”
- “Um marmanjão com saúde
Muito contente montado
E um pobre menininho
Puxando o burro! Ah, malvado!...
Este mundo está perdido
Desça daí seu bandido
Que o menino está cansado!”
Depois dessa, o pobre velho
Indignado acenou
E na garupa do burro
O seu menino montou
E disse ali sem demora:
- “Quero ver quem fala agora!?”
E o seu caminho tomou
Mas não deu nem dez minutos
Desponta ali na frente
Montado na bicicleta
Um roceiro e diz: - “Oxente!
O pobre desse animal
Não vai chegar ao final
Com esse peso em dia quente!”
Disse isso e foi-se embora
E o velho concordando
Desce, deixando o menino
E sai na frente puxando
Mas encontra outro sujeito
Que ao menino curva o peito:
- “Majestade!” O vai saudando.
Logo pergunta o menino:
- “Por que falas: majestade?”
- “Porque somente os príncipes
Tem servo na tua idade
Puxando as montarias
Não fosses rei não terias
Lacaio à tua