o valor do idoso na sociedade
A sociedade, de um modo geral tende a valorizar o ser humano por aquilo que possui ou que produz, deixando de atentar para o cidadão pelo que é como pessoa. Sendo assim, o idoso, quase sempre visto como improdutivo materialmente pode ser considerado menos útil e por tanto menos digno. Mas nem sempre foi assim,quando a população idosa era uma minoria e o sistema de produção se baseava na agricultura e no artesanato, os poucos que chegavam à velhice e não produziam mais eram absorvidos pela família e pela comunidade e não perdiam o apoio familiar, nem tão pouco o reconhecimento social. A velhice não era sinônimo de regressão ou inutilidade, nem era marcada por rejeição e desprezo da sociedade, mas era tida como uma fase de recolhimento e desfrute do que foi conquistado ao longo de suas jornadas de trabalho e experiência vivida, servindo de orientadores para os mais jovens. Com a queda do antigo regime e o início da era contemporânea, o modo e o sistema de produção foi alterado. Os produtores não atuavam mais em suas casas, e sim nas fábricas, o que desencadeou o interesse pelas pessoas que podiam alugar ou vender sua força de trabalho aos donos do capital. Estas pessoas que participavam diretamente da produção eram chamadas de população economicamente ativa. Quando deixavam de produzir em função da idade, eram consideradas ultrapassadas, improdutivas e velhas, passando a serem excluídas pelo mercado de trabalho e pela sociedade até os dias de hoje. Nesse sentido ressaltamos que em muitos aspectos a população tem se mostrado preconceituosa e crítica, ignorando muitas vezes o fato de que a idade pode trazer mudanças na aparência e no comportamento, mas não é capaz de eliminar o valor pessoal, o motivo de viver e a capacidade de aprender de cada um.
Palavras chaves:
Sociedade, idoso, valor
Com base em Pessini, a idade traz mudanças tanto na aparência quanto no comportamento,