O trabalho precário e as suas consequências
Trata-se de um problema ligado a tão famosa “mutação do welfare em workfare e a instituição do trabalho assalariado forçado em condições que ferem o direito social e o direito trabalhista para as pessoas “dependentes” das ajudas do Estado.”1; é um verdadeiro “dever cívico” trabalhar em condições miseráveis, tal trabalho torna-se obrigatório, visto que não há escolhas para aqueles que estão numa situação de pobreza extrema, a qual tem como uma de suas causas o descaso para com os amplos setores da esfera social; valendo lembrar que tal descaso é uma das características da nossa atual “democracia”, a qual não passa de um instrumento de retórica para os discursos de parlamentares e de juristas ilustres.
“Colocando tudo em pratos limpos, o trabalho assalariado de miséria deve ser elevado ao nível de um dever cívico ( sobretudo reduzindo as possibilidades de substituir fora do mercado de trabalho desqualificado ), sem o que não encontrará quem o aceite”. 2
Esse trabalho da miséria além de ser desqualificado, é erigido a um patamar de difícil conquista, não é por acaso que na busca por esse tipo de trabalho a concorrência seja cada vez mais acirrada, tudo isso faz com que aquele que tenha conseguido vencer a concorrência acabe ficando contente e satisfeito com um trabalho que não lhe dar, ao menos, as mínimas possibilidades de crescimento e de produzir livremente, sem falar na “remuneração” que lhe pagam, a qual só existe em nome, pois trata-se de uma verdadeira esmola.
“O desafio do primeiro emprego- A disputa por uma vaga no mercado de trabalho está cada vez mais acirrada. Imagine para os jovens. São 50,2 milhões de pessoas que representam 26% da população brasileira na luta por um lugar ao sol. A batalha é dura. Eles enfrentam as maiores taxas de desemprego, ganham