O teatro no renascimento
O TEATRO RENASCENTISTA NA INGLATERRA O teatro da Renascença inglesa é um dos grandes marcos da história do teatro ocidental. Destacou-se tanto na época renascentista, que ganhou um nome próprio. Foi chamado elisabetano porque o melhor de sua produção apareceu sob o reinado da rainha Elizabeth I (1558 – 1603), filha de Henrique VIII. O teatro elisabetano não se interrompeu com a morte da rainha. O teatro elisabetano tem seu auge de 1562 a 1642. As peças caracterizam-se pela mistura sistemática do sério e do cômico; pelo abandono das unidades aristotélicas clássicas; pela variedade na escolha dos temas tirados da mitologia, da literatura medieval e renascentista, e da historia; e por uma linguagem que mistura o verso mais refinado à prosa mais descontraída. Prevalecia o mais arraigado preconceito contra a profissão teatral, só exercida por homens. Os papéis femininos eram representados por rapazes, que se vestiam como mulheres, imitando a voz e os demandes destas. Os atores eram considerados vadios e vagabundos. E, para não serem incomodados pela polícia, tinham de obter a proteção de altas personalidades da nobreza britânica, que os empregavam como seus criados e, por isso, fora do palco, vestiam a libré da criadagem desses nobres. Numa época em que o teatro religioso tendia a acabar e o drama culto difundido pelo humanismo renascentista fechava-se nas elites, William Shakespeare construiu uma literatura teatral bastante vinculada aos