O SURGIMENTO DO ISLÃ
Nos primórdios das civilizações, na grande península situada entre O Mar Vermelho, o Oceano Indico e o Golfo Pérsico, viviam tribos de origem semita, que se dedicavam ao pastoreio, à agricultura e ao comércio. Tais tribos eram independentes e estabelecidas sobre pilares familiares.
Eram politeístas e tinham como centro religioso comum a cidade de Meca, onde havia uma pedra negra, caída do céu, provavelmente um meteorito, digno de veneração, guardado na Kaaba, o santuário local.
O islamimo surgiu na região arábica, atual Arábia Saudita, no ano de 622, tendo no profeta Maomé , descendente direto de Abraão, seu fundador.
Acreditando no monoteísmo, lutou para converter a Arábia à sua fé, agindo como um líder espiritual e político. Maomé entendeu que a unificação religiosa era necessária para fortalecer os laços entre as tribos.
Meca, além de centro de peregrinação para a adoração da Caaba, era um importante entreposto comercial entre a Arábia e terras ocidentais tais como India e China.
No ano de 622, ainda no início da formação do Corão, Maomé e um pequeno grupo de seguidores foram perseguidos por grupos rivais, comerciantes, por defender os interesses de uma parcela da população menos favorecida, sendo obrigados a deixar a cidade de Meca rumo a Medina (Iatreb).
A migração, até hoje venerada e conhecida como Hégira, dá início ao calendário muçulmano.
Em Iatreb, a palavra de Deus revelada ao profeta Maomé conquistou adeptos em ritmo acelerado, sendo que nos dez anos que separam sua fuga e sua morte em 632, Maomé converteu a maioria das tribos árabes, muitas vezes usando a força dos exércitos que formara, impondo aos convertidos, inúmera leis cívicas e morais, reunidas no livro sagrado denominado Alcorão ( O Discurso), que prometia aos bons fiéis o paraíso de Alá.
Na ocasião da morte de Maomé, a maior parte da Arábia já era muçulmana. Um século depois, o islamismo era praticado da Espanha até a China.
Na virada do