O surgimento da sociologia
MUNDIAL
William Douglas*
Quanto vale sua empresa? E você?
Bem, todos estão dizendo que tudo está valendo menos. A Vale e a Petrobras estão valendo a metade, o mundo, até menos que isso. Bem, boa parte de quem faz esta avaliação é o mesmo pessoal que inventou as complicadíssimas operações financeiras que estão a ponto de quebrar o planeta.
Eu, como pessoa, continuo valendo a mesma coisa. Tudo o que sei fazer, que faço, continua o mesmo de antes da crise. Aliás, pensando bem, estou certo de que passei a valer mais ultimamente. Sim, por que já passei por momentos difíceis antes.
Sei a quem recorrer: A Deus, que sempre me ajudou; aos valores internos, que sempre procurei seguir e que são um fundamento seguro em tempos de agitação e turbulência; à competência adquirida em estudo e nessa longa viagem; em disposição para trabalhar, sob quaisquer circunstâncias, para seguir em frente e não só alimentar os filhos, como também mudar o que eu puder da realidade, e para buscar sentido.
Eu valho mais na crise, porque continuo tendo o que sempre tive, porque na crise, durante ela, vão ser ainda mais necessárias as virtudes e atitudes que tenho, que fui obrigado a desenvolver para chegar até aqui. Cada vez que a Bolsa cai eu acordo valendo mais.
Não que eu não tenha medo da crise, tenho, me preocupo, é obvio, não sou um irresponsável. Apenas sei que com ela ou sem ela eu continuarei trabalhando e que as coisas que deram certo até hoje continuarão dando certo amanhã: fé, trabalho, dedicação, honestidade, dar mais do que é pedido, tratar os outros como gostaria de ser tratado. Isso funciona em qualquer cenário, mesmo naqueles (e talvez mais ainda naqueles) em que um grupo de pessoas age sem ética, querendo lucro exagerado, pensando apenas em seus próprios interesses e inventando ganhos sem o lastro do trabalho. Fui criado num ambiente onde “a vida do homem não consiste na abundância dos bens que possui”,