O Sublime Tecnol Gico
Direção De Arte para Meios e Mídias Contemporâneas
Átila Lima
O Sublime Tecnológico
- Premissa
De acordo com o autor, com o advento daguerreotipo, o telefone e o fonografo, houve uma transformação nos domínios da arte onde as atuais tecnologias as superaram. Ele indica esse fenômeno como o sublime tecnológico.
A estética do sublime tecnológico é estudada por ele desde 1983 em um documento chamado “A estética da comunicação” e que as tecnologias comunicacionais possam ser a nova morada do ser.
- Capítulo I
O Primeiro capítulo do texto discute o sublime. O sublime teve o seu desenvolvimento inadequado e até hoje não foi possível a sua manifestação.
O sublime não tem nenhuma relação com o que se é discutido na cultura romântica e pós-romântica. Entende-se como autor sublime, um autor que se oculta atrás da obra, contudo, isso não garante que a obra seja considerada sublime. Na realidade, obras de grandes artistas como Milton ou Michelangelo podem ser consideradas sublimes mesmo se os autores não se enquadram na categoria descrita.
Isso porque o sublime vem de um sentimento que não pode ser mensurado.
No pensamento de Kant, o sentimento sublime do sublime vem do “absoluto grande” do colossal. Já para Hofmannsthal sua origem vem do “horizonte da pequenez”. Mas uma coisa é certa, o sublime é gerado de uma crise do simbólico provocada por algo que não pode ser visto.
Sendo assim, nenhuma obra de arte pode ser considerada sublime, posto que, tais obras não possam nascer do inexprimível.
Com o advento das novas tecnologias, essa situação muda drasticamente. O pensamento de Edmund Burke era de que o sublime não causa um “verdadeiro prazer” e sim um “assombro prazeroso”. Mas foi Kant quem distinguiu o belo do sublime. De acordo com ele, “o belo” é ligado à forma, ao objeto, nos faz amar as coisas sem qualquer interesse e provoca o prazer do gosto. Já “o sublime” parte de um sentimento de terror ou de impotência ao mesmo