O sonho de josé
José um dos doze filhos de Jacó, ainda adolescente (dezessete anos), tem dois sonhos, um em que estava no campo atando molhos (feixes de trigo) da agricultura, porém, os molhos dos seus irmãos rodeavam e se inclinava perante o seu molho que estava de pé. No segundo sonho, o sol, a lua e onze estrelas se inclinavam perante ele.
Baseados nesta narrativa de Gênesis capítulo 37, diversos oradores pregam mensagens abordando os sonhos do cristão, sonhos estes traduzidos por desejos de possuir bênçãos materiais, alcançar “altos cargos”, seja na empresa em que trabalha ou na igreja e etc. Alguns jargões como “ouse sonhar, você não irá além dos seus sonhos”, “nunca pare de sonhar, os seus sonhos são os sonhos de Deus” são usados por estes pregadores afirmando que como José sonhou e Deus fez com que os seus sonhos se cumprissem, assim o cristão deve sonhar, ou seja, desejar algo ou alguma coisa, pois Deus realizará os seus sonhos.
O texto bíblico em que narra a vida de José desde a casa de seu pai até o palácio de faraó, quando visto sob a ótica do contexto da história de Israel, nos revelas verdades que mostram o quanto é herético esta aplicação para provar a “teoria do sonho do crente”. Primeiro, os sonhos de José não eram seus desejos pessoais e sim revelações proféticas dadas por Deus, pois ele nunca desejou ir para o Egito, nunca desejou ser governador do Egito, isto porque quando lemos o capítulo 50, versículos 24 e 25 de Gênesis, veremos José fazendo com que os filhos de Israel jurem que ao sair do Egito transportem seus ossos daquele país (o Egito). Deus continuou a usar José através deste tipo de revelação, pois a palavra mostra ainda interpretações de mais três sonhos que irá mudar o destino de Israel, são os sonhos do copeiro e o padeiro que eram serviçais do palácio do Egito e finalmente a interpretação do sonho de faraó, este último o coloca como governador do Egito, abaixo apenas do rei