O simbolismo
Como toda estética literária, o Simbolismo também surgiu sob forte influência de correntes ideológicas e do contexto histórico, cultural e social da época em voga.
E por assim dizer, o final do século XIX representou uma sociedade marcada por um sentimento de total inquietação proveniente das descobertas científicas tanto difundidas pela era do Realismo, que, como toda mudança, desencadeou um processo de indefinições quanto a valores e convicções inerentes ao ser humano.
Em consonância com esta problemática, destacava a enorme crise social desencadeada pela disputa econômica entre as grandes potências mundiais com o advento da Revolução Industrial, que obteve como fator resultante, as duas grandes guerras mundiais.
Diante disso, o ser humano constituia uma visão patética e dramática perante a sociedade que o cercava, sentindo-se impotente e enclausurado em meio a tantas tensões e contradições.
Refletindo, portanto, na literatura e nas artes de uma forma geral, que com uma força tamanha e brutal, os artistas retomaram o sentimentalismo subjetivo tanto cultuado pelos românticos, porém partindo para uma visão transcendental influenciada nas ideias de Sigmund Freud: a descoberta pelo “eu” nas camadas mais profundas que habita o ser: o inconsciente e o subconsciente.
Diante de uma visão extremamente pessimista do mundo, os simbolistas procuravam no mais profundo “eu” uma resposta para todas estas inquietações procurando solucionar todo este sentimento de angústia. Mas qual era a forma de expressá-lo?
Através de imagens simbólicas, as quais eram traduzidas pelas seguintes características:
- Conhecimento ilógico e intuitivo da realidade - Para encarar o mundo real, os artistas apostavam numa visão intuitiva e obscura da realidade, explorando principalmente o sistema sensorial (visão, tato, olfato, paladar e audição).
- Predomínio do subjetivismo, pois mediante o “contexto”, o resultado não poderia ser outro, senão uma