O serviço Social no Brasil
1194 palavras
5 páginas
1. O Serviço Social no Brasil Por volta da década de 30, século XX, o Brasil passava por diversas transformações, dentro do contexto de desenvolvimento capitalista e seus desdobramentos consequentes como o conflito de classes e as lutas sociais travadas pela classe trabalhadora a fim de pressionar que Estado e o poder público garantisse os direitos à cidadania. Ora, o momento era propício para a profissionalização de diversas profissões, inclusive o Serviço Social, visto que o Estado interviu de forma mais eficaz por meio de políticas públicas sociais. A luta contra a classe burguesa, a intervenção do Estado na questão social e a influência da Igreja Católica serviram como pilares para a legitimidade da profissão do Serviço Social. Dentre os pilares, é fundamental dar ênfase a Igreja Católica, pois foi de extrema importância para a instauração do Serviço Social no Brasil, sendo dentro dela consolidado os primeiros modelos de organização da profissão, primeiramente sendo exercido por grupos sociais femininos, pertencentes ao movimento católico leigo que atuava em defesa das alas mais oprimidas e empobrecidas da classe trabalhadora: mulheres e crianças. Além disso, a Igreja Católica construiu as primeiras agências de formação dos primeiros Agentes Sociais no Brasil, fundadas no Rio de Janeiro e em São Paulo, por volta de 1936. Essas agências de formação eram marcadas pelo caráter assistencialista e fortemente religioso, e também receberam influências estrangeiras, como a franco-belga, por terem sido países pioneiros nas agências de formação, também embasadas na doutrina católica que reproduzia o discurso do liberal de que a pobreza é incontestavelmente natural, e que cada indivíduo é responsável por sua prosperidade, seu destino e sua condição financeira. As décadas de 40 e 50 também foram terreno de diversas mudanças. Foram anos de efervescência no Brasil, contextualizados pela intensificação acentuada do capitalismo, principalmente a partir do