Serviço social no brasil

SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL

O surgimento do Serviço Social no Brasil remonta aos primeiros anos da década de 30, como fruto da iniciativa de vários setores da burguesia respaldados pela Igreja Católica, e tendo como referência o Serviço Social Europeu. Não pode ser entendido como transposição de modelos, ou importação de idéias, suas origens estão relacionadas como o complexo quadro histórico-conjuntural. A acumulação capitalista deixava de se fazer através de reformas agrárias e de exportação, na vinculação da economia do mercado mundial.
A luta pela vida, pelo trabalho e pela liberdade levava o proletariado a avançar em seu processo organizativo. Unindo se ao Estado e à Igreja. Os antagonismos que marcavam as relações sociais do sistema capitalista penalizavam o trabalhador e sua família.
Como estratégia para baixar a tensão entre os trabalhadores, trouxe pra si a responsabilidade de cuidar da reprodução de sua força de trabalho. Buscou o fortalecimento de suas alianças com a Igreja e a burguesia, com os quais dividiu a tarefa de circunscrever a hegemonia do poder ao restrito âmbito da classe dominante.
Em São Paulo, numa conjunção de esforços da nascente burguesia e de setores da própria Igreja Católica criou o Centro de Estudos e Ação Social (CEAS), desempenhou um importante papel em qualificar os agentes para realização da prática social. Nesse Centro, realizou-se o primeiro curso de preparo para o exercício da Ação Social, sob a denominação de Curso Intensivo de Formação Social para Moças, ministrado pela assistente social da Escola Católica de Serviço Social de Bruxelas, este primeiro curso foi constituído por jovens católicas, ou praticantes de atividades assistenciais ou militantes de movimentos da Igreja e pertencentes a família da burguesia paulista. Esse foi o evento marcou o primeiro passo da longa caminhada do Serviço Social brasileiro, sob o signo da aliança com a burguesia.
A identidade atribuída ao Serviço Social pela classe dominante era