O Romantismo
O Indivíduo e a Natureza (A gare), pág. 77
Paralelamente ás revoltas político-sociais, crises económicas e consequências, a mentalidade nesta época começou a mudar perante o aparecimento do ROMANTISMO. O Romantismo tornou-se num estilo artístico-filosófico e este significou primeiramente ‘pitoresco’: a expressão da emoção provocada pela visão de uma paisagem. Este estilo privilegiou os ideais das Luzes – expressão de sentimentos e a primazia da Natureza. Caracterizou-se por cultivar a emoção, a fantasia, o sonho, a originalidade, num estilo onde a realidade e a imaginação se confundiam, a exaltação da natureza, o gosto pela idade média e a defesa dos ideias nacionalistas.
Quem é o Homem do Romantismo? Um individuo diferente que se sente permanentemente em ruptura consigo mesmo, individualista, introvertido que para se reconciliar consigo mesmo e entender o mundo exterior projecta-se e identifica-se na natureza. Quer ser original, novo, virgem, inesperado. É patriota (com preocupações sociais e políticas) e possuía uma maneira muito própria de ver as coisas – o modo de sentir foi a principal característica Romântica. Individuo cuja finalidade na vida é o desenvolvimento próprio. Realizar completamente a própria natureza.
Foi com a natureza que o individuo romântico se identificou, ajustando-se a esta, fazendo dela o reflexo do seu estado interior e das suas emoções. Por essa razão a natureza está muito presente na arte – Paisagens selvagens, escarpadas, cobertas de névoa ou geladas, regiões desérticas, tempestades marítimas, ambientes exóticas, onde a própria natureza tem um valor simbólico. Nas artes mais pessoas, como o retracto, a natureza e a paisagem tornam-se no refúgio privilegiado dos artistas representando antessonhos de amor, ciúme, desespero, fatalismos, morte e devaneios através do patético e de figuras deformadas e chocantes, pois o artista sabe criar uma magia sugestiva contendo, simultaneamente,