O ROMANTISMO E A FORMA O DE UMA IDENTIDADE NACIONAL
CURSO DE GRADUAÇÃO EM LETRAS - ESPANHOL
ORIGEM E FORMAÇÃO DA LITERATURA BRASILEIRA I
PROF. DRA. RENATA PIMENTEL TEIXEIRA
Paulo Fernando Medeiros Epaminondas
O ROMANTISMO E A FORMAÇÃO DE UMA IDENTIDADE NACIONAL
“Só é grande a liberdade,
Que sacode a magestade,
E arranca a juba dos reis! . . .”
(BARRETO, 1903, p. 89)
Introdução1
Entender o movimento romântico no Brasil pressupõe nos transportarmos para o contexto europeu e perceber como a Revolução Francesa (1789), a Revolução Industrial (1760 a 1860) e a instalação da Corte Portuguesa no Brasil (1808), que fugia das tropas napoleônicas, influenciaram a chegada do movimento em nosso país. Os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade franceses, o fim do Absolutismo e as limitações e privações de um país-colônia que caracterizavam o Brasil foram o pano de fundo para o que estaria por acontecer. Os ideais franceses e o fim do Absolutismo colaboraram com o sentimento de uma valorização dos símbolos nacionais, enquanto a chegada da família Real colaborou para que o Brasil se despedisse do status de um país-colônia, mas lidar com esta situação requeria adequações estruturais que estivessem à altura da Corte Portuguesa. Inicia-se assim no Brasil um processo civilizatório que culminou com a abertura dos portos às nações amigas, possibilitando ao país outros tipos de influência além da lusitana, um processo de urbanização é deflagrado e reformas no ensino vão surgindo com a criação das primeiras escolas e da primeira Universidade, numa perspectiva de ensino não mais catequizadora, como foi a dos jesuítas. A criação de uma imprensa vem possibilitar a circulação dos primeiros jornais, meio através do qual a literatura também encontrará possibilidade de circulação e de desenvolvimento de um público consumidor. Também com a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil instaura-se a prática de visitas de missões científicas e culturais estrangeiras, possibilitando aos