O respeito, fator essencial da paz
Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)
Cada vez que se quis precisar as causas que determinaram as guerras, as rebeliões, ou até mesmo as simples discórdias domésticas, chegou-se a tudo, menos ao que na verdade poderia ser tido como a razão principal ou, pelo menos, a que mais influiu no desencadeamento violento de tais conflitos ou perturbações. Nunca se poderá negar que o respeito mútuo entre os povos e entre os homens seja o agente ou fator essencial da paz, já que, enquanto ele existe, se aplainam todos os caminhos que levam a encontrar soluções para as diferenças criadas. Ao contrário, caso deixem de ser respeitados os tratados que foram assinados em solenes cerimônias, e se violem também as normas do direito internacional, as guerras se tornam inevitáveis, pois nada há que fira mais a dignidade de uma nação, de um povo ou de um homem do que sentir que essa dignidade foi desvalorizada pela falta de respeito. Quando isso ocorre, quando o respeito deixa de ser a fiança que resguarda os convênios e as considerações mútuas, começa a rachar-se a estrutura jurídica, econômica e social dos povos. Coisa igual acontece dentro de cada nação, quando cessa o respeito às leis que a governam: depressa os direitos se quebram, sobrevindo a desorientação, a desconfiança e o receio. E a tudo isso se deve ainda adicionar o relaxamento que se produz nas instituições, relaxamento que acaba por levar à anormalidade e a conflitos de toda espécie. Não pode haver paz num povo se o respeito às leis e a suas instituições deixa de ser a garantia que ampara cada um em seus direitos e em seus valores. Daí que, quando se burla a dignidade do homem, faltando com o respeito à sua pessoa, sobrevêm as crises sociais, tão nefastas para a vida de povos e nações. Em todos os tempos, o respeito constituiu o meio imprescindível que fez realizável a convivência entre os seres humanos Respeitar para ser respeitado: eis uma expressão