Aula-tema 07: modelo de gestão da ética
Certo Monarca, querendo marcar seu governo com grandes realizações, procurou o maior de todos os sábios para que lhe indicasse uma diretriz e ouviu apenas uma resposta: Adote como bandeira a Ética. Confuso, convocou seus principais conselheiros para que lhe explicassem o que seria a Ética como programa de governo e ouviu de cada um uma definição diferente:
• Para o primeiro, ética é segurança, pois sem o combate à corrupção e à violência não haverá paz e, portanto, não haverá governo.
• Para o 2º, Ética é saúde, pois um povo doente e enfraquecido não terá disposição e, portanto, não haverá governo.
• Para o 3º, Ética é Educação, pois sem um povo educado, alfabetizado e orientado não haverá "Cultura" e, portanto, não haverá governo.
• Para o 4º, Ética é Espiritualidade, pois sem os valores da alma, sem a visão da transcendência, não terá percepção do futuro e não haverá governo.
• Apresentou-se, então, o último conselheiro que disse o seguinte: "ética é gestão corporificada em duas condições essenciais: a Estratégia e a Competência. Só com elas haverá governo, pois estão preservados os bens maiores de uma administração eficaz: justiça social, liberdade e paz. Segurança, saúde, educação e espiritualidade apontadas por meus companheiros são consequências naturais.
Esta fabula tem por objetivo nos mostrar que "todo empreendimento, qualquer iniciativa, fundamentada na ética, tem seu êxito condicionado à Estratégia e à Competência, que se definem em um Modelo de Gestão" (p. 120). Sem estratégia, o que se constata é a falta de liderança e de equipes integradas, um quadro de visões individualistas e de conflitos predatórios. Por mais moderna que aparente ser, uma gestão pública ou empresarial será decadente quando apresentar: incompetência, falta de estratégia, liderança medíocre, equipes desintegradas, valores culturais indefinidos, pois, são indicativos da falta de um modelo de Gestão apoiado na ética. De nada adianta o