O Renascimento
“O conhecedor do mundo na Renascença”
“Entre os séculos XIV e XVI, a Europa viveu uma época de muitas transformações no campo das técnicas, das artes, da política e do próprio conhecimento que o homem tinha do mundo e de si mesmo. (...) Além da busca do conhecimento de um mundo que até então havia sido pouco explorado, o homem renascentista valorizava suas potencialidades humanas. Os indivíduos passaram a poder contar com suas próprias experiências, a partir das quais dialogaram com autores mais antigos e projetaram uma série de inovações técnicas, que modificaram a maneira de viver dos homens daquela época. A razão foi um outro instrumento fundamental para os projetos filosóficos, engenheiros, cientistas e artistas da época, juntamente com o conhecimento do saber da Antiguidade e com a valorização das experiências individuais. (...) Assim, uma vez recuperados os livros que continham a tradição de um saber clássico greco-latino, revalorizado o uso da razão e da experiência, os homens do Renascimento estavam de posse do instrumento que efetivamente lhes permitiu modificar as condições de vida na Europa. Esse instrumento foi a crítica, pois não bastariam apenas a experiência, a razão e as informações do pensamento dos sábios da Antiguidade. Era preciso criticar os elementos com os quais não concordassem e buscar novas possibilidades.”
ACKER, Tereza van (Adapt.) Renascimento e humanismo. O homem e o mundo europeu do século XIV ao século XVI.4.ed. São Paulo: Atual, 1992.p.03, 29-30.
Ao analisarmos um período de transição histórica, não podemos nos restringir apenas aos aspectos econômicos, políticos e sociais; as manifestações intelectuais e culturais dos homens nos ajudam também a melhor compreender os novos caminhos empreendidos pela sociedade de uma época. O Renascimento é reconhecido como um movimento cultural que trouxe uma nova identidade para a sociedade, na Idade Moderna. Ao lermos o texto, identificamos uma série de