O REGIME DE METAS PARA INFLAÇÃO NO BRASIL E A ESCOLA NOVO-CLÁSSICA: UMA CRÍTICA PÓS- -KEYNESIANA

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O REGIME DE METAS PARA
INFLAÇÃO NO BRASIL E A
ESCOLA NOVO-CLÁSSICA:
UMA CRÍTICA PÓS-KEYNESIANA
Raphael Calil de Souza
Bacharel em Economia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).
E-mail: [e-mail]
José Caio Racy
Doutor em Economia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Professor de
Economia Brasileira da UPM.
E-mail: [e-mail]

Revista de Economia Mackenzie, v. 11, n. 1, São Paulo, SP • JAN./ABR. 2013 • p. 111-153 •
ISSN 1678-2002 (impresso) • ISSN 1808-2785 (on-line)

Resumo
Este trabalho visa identificar a escola novo-clássica, criadora do regime de metas para inflação, assim como fundamentar uma crítica a esse modelo por meio de uma argumentação pós-keynesiana. Busca-se situar esse modelo ao caso brasileiro no período pós-1999, mais especificamente no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. O projeto busca analisar a questão da independência versus autonomia do Banco Central, realizar uma discussão teórica acerca da execução da política monetária do país e suas relações com o sucesso do regime de metas para a inflação e apresentar um breve descritivo da escola pós-keynesiana com foco em seus postulados sobre política monetária.
Palavras-chave: Regime de metas de inflação; Independência do Banco Central; Estabilização inflacionária.

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BASES TEÓRICAS: UMA INTRODUÇÃO
*1.1 Regimes

monetários e estabilidade de preços

No decorrer da história, diversas escolas do pensamento econômico trabalharam para constituir modelos no âmbito monetário, com o objetivo de realizar controles adequados dos níveis gerais de preços das diversas economias.
Modenesi (2005) destaca três principais regimes: regime de metas cambiais, regime de metas monetárias e regime de metas para inflação.
O regime de metas para inflação apresenta-se como foco de estudo deste trabalho, no entanto busca-se identificar as características principais dos modelos anteriores ao seu surgimento, de forma a ambientar os principais