O Quinze - Resenha Acadêmica

O Impacto da Seca

Obra: O Quinze
Autora: Rachel de Queiroz

Nascida em 1910, em Fortaleza-Ceará, foi a primeira mulher a publicar um livro no Brasil e participar da Academia Brasileira de Letras, esta é a Rachel de Queiroz, que quebrou ideologias e ultrapassou barreiras para expressar da maneira mais fácil as suas vivências, marcada pela grande seca no ano de 1915.
Aos quinze anos se tornou professora, e anos depois começou a escrever cartas para o jornal “O Ceará”, a escritora era parenta de José de Alencar, um escritor renomado do país. Foram poucos os romances escritos por ela, porém, o suficiente para deixar o seu legado na literatura brasileira, dentre eles estão “O Quinze” (1930), “João Miguel” (1932), “As Três Marias” (1939), “Caminho de Pedras” (1943), “A Donzela e a Moura Torta” (1948), “Memorial de Maria Moura” (1992), e outros contos, folhetins, crônicas e romances.
Com apenas dezenove anos, passou por alguns problemas de trato respiratório, e teve que ficar de repouso obrigatório, neste momento, começou escrever o seu primeiro livro, “O Quinze” que contém 26 capítulos e retrata fielmente a realidade vivida por Rachel de Queiroz e por retirantes nordestinos. O nome dado ao livro refere-se à seca de 1915, a qual causou grandes impactos na sociedade daquela época. Era um tempo de aflição, angústia, tristeza, desesperança, porém, as pessoas ainda buscavam desesperadamente a sobrevivência, em um período em que apenas os mais fortes e ricos sobreviviam.
O romance relata a altercação entre homem e natureza, narrando a história de calamidade pública, a seca, a fome e a miséria no sertão nordestino, que vivencia a família de Chico Bento e o povoado de Quixadá. Em momentos difíceis, a esperança é que chovesse até o dia de São José, caso contrário as pessoas viveriam a iminente seca. De acordo com a tradição, passou-se o dia de São José, e a chuva nem sequer apareceu, e o que todos mais temiam, aconteceu, a seca iniciara, já faltava água e o drama das