O que é pan-americanismo?
Este “projeto de solidariedade continental” foi desenvolvido de duas formas distintas. Em primeiro lugar o bolivarismo e em segundo o monroísmo. O Bolivarismo provém da visão concebida por Simon Bolívar. Este líder da luta pela libertação de diversas colônias que viriam a se tornar Estados americanos acreditava que existia uma necessidade de união continental com objetivo de lutar contra uma possível contra-ofensiva espanhola, para tanto, os Estados americanos deveriam se unir em um grande bloco continental, o que, de certa forma, ainda é um grande desejo de certos políticos sul-americanos, que o diga o excelentíssimo presidente Hugo Chávez. Em 1819 Bolívar criou a Grã-Colômbia, que só durou até 1830, fragmentando-se nos Estados da Venezuela, Equador e Colômbia. Por diversas vezes Bolívar tentou unir os Estados americanos, foi o que ocorreu em 1824, quando ele convidou os governos da América a reunirem-se com o objetivo de organizar uma confederação, o que só veio a ocorrer em 1826, no Congresso do Panamá, considerado a primeira manifestação do pan-americanismo. O congresso acabou mostrando-se um fracasso, por diversos motivos. Apesar disto, os ideais pan-americanos bolivaristas não cessaram, e novos congressos foram reunidos. Esses ideais deram bases ao sentimento de solidariedade continental.
A segunda expressão do pan-americanismo, o monroísmo, representa a visão norte-americana do mesmo, fundamentando-se no predomínio dos Estados Unidos