O que é geografia douglas santos
Douglas Santos – 2007. Apostilado
Onde estou? Eis a dúvida de todos os momentos. Não importa muito de quem estamos falando. Pode ser que a referência seja o comportamento de homens e mulheres de um passado muito longínquo. Pode ser que estejamos nos referindo a povos que habitam o outro lado do planeta. Que importa? Até onde sabemos todos os povos, em todos os tempos, procuraram e procuram responder a essa mesma pergunta.
Claro: não é a todo o momento que formulamos a questão de forma clara e precisa, em voz alta, como se quiséssemos que todos a ouvissem e nos ajudassem a responder. Enquanto as crianças tendem a se sentirem seguras pelo simples reconhecimento e familiaridade com os adultos que as acompanham, na medida em que nos tornamos mais velhos vamos reconhecendo com maior facilidade os lugares onde nos encontramos e, assim, vamos definindo que tipo de comportamento seria o mais adequado para cada um deles.
Tudo se torna um pouco mais complicado quando temos de nos defrontar com o desconhecido. Este é, de fato, o grande exercício. Quando olhamos em volta e percebemos que nada nos é familiar, a sensação é quase imediata: estamos perdidos. É assim que todos os sentidos entram em ação e tomamos consciência da necessidade de nos ordenarmos frente ao que nos cerca. É preciso buscar algo que se associe às experiências passadas. Formas, texturas, sons, cheiros, sabores... Se, por acaso, tais associações se tornam possíveis, vamos tentando vinculá-las umas às outras, procurando reconhecer ou estabelecer uma identidade ao lugar que nos encontrarmos. Se conseguirmos, muito bem! A sensação de insegurança tenderá a desaparecer. Se não conseguirmos.. É em função de tais experiências que criamos expressões como “desnorteados” (sem norte) ou “desorientados” (sem oriente) ou, em outras palavras, estaremos sem rumo, sem saber o que fazer, como nos comportar, como nos defender.
É preciso dizer, ainda, que esse conjunto de sensações, nem sempre nos