O que a universiade nao ensina
E O MERCADO DE TRABALHO EXIGE.
Leila Navarro
Editora Saraiva
INTRODUÇÃO
A cena é clássica: uma turma de universitários vestidos com togas pretas, jogando chapéus para o alto no final da cerimônia de colação de grau. Em quantos filmes, novelas e propagandas de televisão você já viu isso acontecer? Essa cena é um símbolo de final feliz, a celebração de todos aqueles anos de esforço de um jovem (e de sua família, que geralmente paga os estudos) para conseguir o tão sonhado diploma do curso superior.
Na ficção, formatura pode ser um chavão de happyend, mas, na vida real, ela é apenas o começo de uma aventura emocionante e desafiadora: a trajetória no mercado de trabalho. Desafiadora principalmente porque a universidade não proporciona todo conhecimento e desenvolvimento de que precisamos para nos sairmos bem como profissionais. Estou exagerando? Você sabe que não.
Para começar, por melhor e por mais bem equipada e conceituada que seja a faculdade que fizermos, já saímos dela desatualizada. Na velocidade com que a humanidade avança em todas as áreas, basta um dia para que algo que acabamos de aprender fique totalmente ultrapassado. Boa parte das novas informações origina-se nas próprias universidades, nos laboratórios e centros de pesquisa acadêmica, mas até que eles cheguem à sala de aula...
Se o conteúdo do ensino já sofre defasagem, que dizer então da forma! No dia-a-dia interagimos com realidade virtual, acessamos informações de qualquer parte do Globo, instantaneamente e podemos nos comunicar com dezenas, centenas de pessoas ao mesmo tempo. Nossa mente expande-se, cria possibilidades, estabelece conexões entre os fatos. Enquanto isso, os métodos de ensino continuam baseados nas transmissões de conhecimento do professor para o aluno: somos pouquíssimos estimulados a usar a curiosidade, aprender por conta própria, desenvolver nossa percepção pessoal sobre a realidade e contribuir