o que a escola espera disso tudo
Um projeto político e econômico para mercado de trabalho pressupõe-se que os sujeitos sociais sejam imbuídos de uma racionalidade afinada com a acepção weberiana , a qual se pode entender , grosso modo , como hábitos , atitudes ,procedimentos e atitudes tecnológicas que beneficiem a empresa.
Exige-se , além da competência técnica , um perfil de sujeito social homogêneo de conformidade com parâmetros culturais , de cor , de aparência, de crença religiosa etc. Trata –se de uma convecção que institui um ‘’tipo ideal’’ de sujeito social dotado de um padrão especifico de conhecimento técnico e de comportamento complicativo para se chegar a uma homogeneidade de comportamento utilitário diz respeito aos significados culturais no contexto das diferenciações culturais.
A excelência é medida tomando-se como parâmetro um padrão homogêneo de conhecimento técnico e de comportamento individual. Pressupõe-se que os sujeitos , oriundos de diferentes segmentos sociais , defrontam-se no mercado da aquisição e da venda da excelência de igual para igual , ignorando –se as especificidades de saberes que cada sujeito social possui.
A escola sobra o compromisso com os desqualificados , desqualificado é o trabalhador que perdeu o seu emprego e que não consegue mais um novo , porque não tem conhecimento técnico exigido pelo mercado de trabalho; é o camponês que teve que abandonar o seu meio tradicional e autônomo de sobrevivência ,porque não absorveu os conhecimentos técnicos de produção requeridos pelo mercado; é a menina que preferiu se prostituir a ir para a escola , porque lá nada a atrai ; é o menino que prefere fazer pequenos roubos a ir para a escola , porque não vê na instituição nenhuma vantagem que substitua o que ganha furtar ; e tantos outros casos similares.
Ousamos afirmar que a desqualificação social está nitidamente associada a relação seletiva em torno da apropriação do saber , na expressão ‘’excelência’’ está subentendida a