O pé e o tornozelo humano, analise biomecanica
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O pé humano é uma das regiões do corpo que mais sofre alterações anatômicas, devido à deformação do arco longitudinal medial durante a fase de apoio (CAVANAGH e RODGERS, 1987). O arco longitudinal medial (ALM) realiza funções essenciais na biomecânica do pé, como ação de suporte e absorção de impactos durante a marcha (MARIOKA et al., 2005). O pé é uma parte do membro inferior que tem a função de ser base sólida e estável para o corpo, atuando como alavanca para a locomoção. O que faz com que ele apresente um comportamento único durante a deambulação, ao ser submetido a um ciclo sucessivo de carga e descarga (MORTON, 1937). Para que se realizem atividades cotidianas ou de lazer e esportivas, é necessária a locomoção humana que depende em primeira instância do caminhar. Seja de forma dinâmica ou estática, ao apoiar o peso corporal sobre os pés a força de gravidade ativa um estímulo muscular, que faz com que nosso corpo mantenha o equilíbrio nessa pequena base de suporte constituída pelos pés. Podemos observar a função biomecânica do pé durante a fase de apoio da marcha, que constitui o toque do calcanhar até a retirada do hálux do solo.
Segundo Ren et al. (2008), o pé humano é uma estrutura muito complexa que é formada por músculos, numerosos ossos, ligamentos e articulações sinoviais. O pé humano apresenta uma das maiores variedades estruturais do corpo, ele recebe e distribui o peso corporal e se adaptando a superfícies irregulares e atuando como uma alavanca rígida que impulsiona o organismo durante a marcha (LEDOUX e HILLSTROM, 2002). O pé humano é constituído de 28 ossos, sendo sete tarsais, cinco metatarsais e 14 falanges. A parte posterior do pé é formada pelo talus, pelo calcâneo e pelos cinco ossos tarsais (navicular, cubóide e três cuneiformes), esses ossos formam a região denominada meio do pé. Já a parte anterior é formada por cinco ossos metatarsais e os dedos, os quais se constituem em 14 falanges, onde cada dedo é formado por três