O PSICÓLOGO APRENDE COM O PACIENTE? UMA REFLEXÃO COM PACIENTES ONCOLÓGICOS NA CASA MARIA TEREZA.

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O PSICÓLOGO APRENDE COM O PACIENTE? UMA REFLEXÃO COM PACIENTES ONCOLÓGICOS NA CASA MARIA TEREZA.
No dia 27 de agosto comemora-se o dia do psicólogo. Dia este que permite uma reflexão dos cerca de 200 atendimentos psicológicos realizados na Casa Maria Tereza com um público específico: pacientes oncológicos e cuidadores. E após essa jornada é importante fazer uma análise sob uma outra ótica: o psicólogo, no seu papel de ajudar, pode aprender com o paciente? E o paciente, no seu papel de ser ajudado, pode ensinar? A prática e a experiência mostram que sim.
Jung, um dos principais autores da área psicológica, destacava que a relação Analista x Paciente deveria ser entendido como um processo dialético, e não um procedimento médico ou técnico. Ou seja, tanto um quanto outro está igualmente envolvido, existindo uma interação nos dois sentidos desta relação. Dessa maneira o psicólogo não pode usar de qualquer autoridade, pois ele está “em” tratamento, na mesma medida que o paciente; e será o seu desenvolvimento pessoal o que será decisivo, mais ainda que seu conhecimento.
Entende-se por empatia como uma técnica em que o psicólogo coloca-se no lugar do outro para compreender sua situação emocional naquele momento, “é ver o mundo com os olhos do outro, e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele” como enfatizou Carl Rogers. Utilizando-se desta técnica, observa-se empiricamente na prática clínica que pacientes oncológicos possuem uma história quase similar de sofrimento emocional e de não expressão de sentimentos. Aí então surge a lição inicial: essa realidade faz com que o psicólogo aprenda a apurar a sua empatia cada vez mais e a entender melhor a realidade psíquica de cada pessoa atendida.
O mito da Fênix – a ave que após finar-se em cinzas, renasce – pode ser utilizado como metáfora no contexto clínico: muitos pacientes oncológicos chegam à primeira consulta com o diagnóstico recente e avaliam o momento como uma sentença de morte, ou, como no mito citado, em

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