O príncipe - maquiavel
CAPÍTULO I – Os vários tipos de Estado, e como são instituídos.
Todos os Estados que existem e já existiram são e foram sempre regidos pelo regime republicanos e monarquia (principados). Os principados ou são hereditários, quando por muitos anos os governantes pertencem à mesma linhagem ou foram fundados recentemente.
CAPÍTULO II – As monarquias hereditárias.
A dificuldade de se manter Estados herdados cujos súditos são habituados a uma família reinante é muito menor do que a oferecida pelas monarquias novas. Na Itália, o exemplo do Duque de Ferrara, que pode resistir aos assaltos dos venezianos em 1484 e do Papa Júlio em 1510, por uma única razão a antiguidade de sua dinastia no governo.
CAPÍTULO III – As monarquias mistas.
Quando se trata de um governo inteiramente novo: as dificuldades aparecem nas monarquias novas; os homens mudam de governantes com grande facilidade, esperando sempre uma melhoria, as injúrias com o que novo monarca inevitalmente ofende seus novos súditos, provocados pelos Soldados ou por outros motivos relacionados com a imposição do novo governo. O Príncipe sempre precisará do favor dos habitantes de um território para poder dominá-lo, por mais poderoso que seja seu Exército. Foi por isto que Luiz XII da França, depois de ocupar Milão sem dificuldades, perderia em seguida. A própria rebelião faz com que o monarca se sinta mais inclinado a fortalecer sua posição; punindo os rebeldes, desmascarando os suspeitos, assim revigorando seus pontos fracos. A verdade é que Milão foi reconquistada pelos franceses duas vezes. Quando se conquista uma província com língua, leis e costumes diferentes, são grandes as dificuldades a vencer, sendo necessária boa sorte e muita habilidade para mantê-la. Um dos meios mais seguros é o novo governante fixar-se na província... Tornando assim seu domínio mais firme e durável. Vivendo longe o Soberano só terá notícia deles quando houverem