O príncipe de máquiavel
Para o autor, o governante deve entender que os homens tem uma natureza maléfica e portanto deve ser sempre cauteloso com o seu povo, ou seja, o principe não deveria ser bom demais, pois poderia perder a sua imagem de poder e severidade, nem deveria ser odiado pelo povo, temido sim, mas odiado não. O ódio levaria a revolta de sua população, e consequentemente a sua queda do poder, já o temor levaria ao respeito. Assim como, os meios de conseguir esse "respeito", ou seja, o poder de governo, propriamente dito, seriam justificados com os objetivos finais em sua trajetória, o príncipe, de acordo com Maquiavel, deve-se utilizar de todos as formas possíveis para governar, estas incluem o uso da mentira, do golpe, da corrupção, da promoção de uma falsa imagem, entre outros desvios de conduta, pois no final tudo seria justificado e válido.
Porém, Maquiavel afasta qualquer tipo de negativismo para com o príncipe, emanado de seu povo, e portanto o soberano deve ser sempre bem visto, deve sempre manter o seu povo ocupado e distraído com espetáculos afim de evitar revoltas, ou qualquer outra atividade conspiratória, mas o bem a população tem que ser dosado pouco a pouco para que seja bem saboreado por ela.
O autor também foca bastante na estratégia bélica, afirma que a guerra é necessária para criar o sentimento de nacionalidade na população e para a concretização do poder do príncipe sobre o território, com isso o exército é necessário para a eliminação do inimigo do local dominado e toda violência é válida para submeter a sua vontade algo conquistado.