O protestantismo norte americano: séculos 17 a 19
O PROTESTANTISMO NORTE-AMERICANO: SÉCULOS 17 A 19
Ementa: como principal matriz do protestantismo brasileiro, o seu congênere norte-americano é merecedor de análise cuidadosa. O período estudado vai desde o início da colonização inglesa das Treze Colônias, através de anglicanos e puritanos, até as grandes transformações que se seguiram à Guerra Civil.
1. Primórdios (1607-1700)
1.1 Antecedentes
Os primeiros cristãos a se fixarem no atual território dos Estados Unidos foram católicos romanos originários da Espanha e da França.
(a) Nova Espanha
A colonização espanhola da América do Norte teve início com a conquista do México por Hernando Cortés, em 1519-21. A administração colonial espanhola com freqüência oprimiu a população nativa, mas os missionários muitas vezes realizaram um trabalho notável entre os indígenas. Os principais missionários foram os franciscanos, que atuaram na Flórida, Texas, Novo México e Califórnia. No Novo México, em 1630, cerca de 35 mil índios cristãos concentravam-se ao redor de vinte e cinco estações missionárias. Em 1680, os índios pueblo destruíram Santa Fé e mataram dois terços dos missionários. Em 1691-1711, Eusébio Kino trabalhou no Novo México e no Arizona. O grande pioneiro da Califórnia foi Junípero Serra, que em 1769 fundou uma missão em San Diego. Nos próximos 75 anos, foram fundadas 21 estações missionárias, sendo a última San Francisco Solano (1823). Nesse período, cerca de 100 mil índios foram batizados.
(b) Nova França
A França teve o controle do Canadá e do meio-oeste dos futuros Estados Unidos desde a fundação de Québec por Samuel de Champlain em 1608 até a derrota diante dos ingleses em 1759. Além de trabalhar entre os colonos franceses, os sacerdotes também evangelizaram os índios. Embora os franciscanos tenham dado uma contribuição significativa, os principais missionários foram os jesuítas, destacando-se entre eles o padre Jean de Brebeuf. Chegado em 1626, ele obteve considerável