O Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas e o Rio Inovação: uma avaliação preliminar
O Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas e o Rio
Inovação:
uma avaliação preliminar
André PEREIRA NETO, Fabiano GALLINDO e Santiago Reis da CRUZ*
INTRODUÇÃO
Em 2003 a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) implementou a segunda edição do “Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas”(PAPPE). Seu objetivo era
“financiar atividades de pesquisas e desenvolvimento (P&D) de produtos e processos inovadores, em fases que precedem o seus processos de comercialização, empreendidas por pesquisadores
atuando diretamente ou em cooperação com empresas de base
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tecnológica” . Esta iniciativa foi uma conseqüência do convênio firmado a FINEP e os fundos setoriais de agronegócios, energia, biotecnologia, saúde e verde amarelo2.
Em
todo o país, a estrutura do PAPPE obedeceu à mesma regra: Os fundos setoriais participaram com 50% dos recursos disponíveis. A outra parcela foi de responsabilidade de cada governo estadual. Em todas as unidades da federação, as fundações estaduais de amparo à pesquisa (FAPs) foram responsáveis pela elaboração do edital específico e pela seleção dos proponentes.
No Rio de Janeiro Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (FAPERJ) lançou em dezembro de 2003 o edital Rio Inovação. A FAPERJ aprovou 20 dos 109 projetos de inovação encaminhados à Fundação nesta primeira edição. Em linhas gerais, ao longo do processo de seleção, a Diretoria da FAPERJ levou em conta a vocação do Estado do Rio de Janeiro, a saúde financeira da empresa vinculada ao proponente, a adesão do projeto ao edital e a expertise do proponente no assunto. Para coordenar o processo de seleção a Fundação selecionou, por edital de concorrência, a empresa de consultoria Pavani &
Deutscher. O processo de seleção contou com diversas atividades. Inicialmente foram realizados workshops de nivelamento para orientar os proponentes na padronização das propostas. Dos 108 proponentes apenas 94 entregaram as propostas dentro do padrão exigido. Destes 94, um