O processo de independência da américa portuguesa
Em fins do século XVII, a capitania de Minas Gerais estava em franca decadência. O ouro, até então enviado em grandes remessas para os cofres portugueses, começava a escassear, e o valor mínimo do quinto estipulado pelo governo português, de 1.500 quilogramas anuais, não estava mais sendo pago pelos mineradores. Essa conjuntura se agravou após autoridades do reino decretarem uma série de medidas restritivas na colônia. A duas medidas que causaram mais estrago ao povo mineiro foram o Alvará de 1785, que proibiu o funcionamento de manufaturas no território colonial e principalmente a derrama, que seria a cobrança dos quintos em atrasos.
São homens que pretendiam assassinar o governador e proclamar uma República na capitania de Minas Gerais no mesmo dia em que fosse decretada a derrama (que seria feita pelo Visconde de Barbacena). Os Conjurados eram, em maioria, participantes da elite colonial. Dentre eles haviam mineradores, fazendeiros, padres, funcionários públicos, advogados e militares de alta patente. Diversos conjurados tinham em comum a formação em prestigiadas universidades européias, onde discutiram as idéias de Voltaire e Rousseau e, em especial, a Declaração de Independência das Treze Colônias, em 1776. Se o movimento fosse vitorioso, após a tomada do poder seria instalado um governo republicano unitário.
Nos últimos meses de 1788, os conjurados esperavam apenas o lançamento da derrama. No entanto a cobrança dos impostos atrasados não foi executado pelo Visconde de Barbacena, conforme se esperava, em fevereiro de 1789, e os planos dos revoltosos foram interrompidos. Entre fevereiro e março, o governador fez vária ameaças de iniciar a derrama deixando a capitania em um situação de terror. Dentre essas pessoas estavam Joaquim Silvério dos Reis, que aceitou denunciar os companheiros em troca do perdão de sua dívida. Depois dele várias outras denúncias começaram a chegar a Coroa.
Após as denúncias 34