O PROBLEMA DA SALINIDADE NA AGRICULTURA E AS ADAPTAÇÕES DAS PLANTAS AO ESTRESSE SALINO
PLANTAS AO ESTRESSE SALINO
Alexandre Bosco de Oliveira1, Enéas Gomes-Filho2, Joaquim Enéas-Filho2
1. Professor Adjunto do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Estadual do
Piauí, Núcleo de Uruçuí. Brasil. (aleufc@gmail.com)
2. Professor Associado da Universidade Federal do Ceará, Dept o. de Bioquímica e
Biologia Molecular e Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Salinidade. Brasil
(INCTSal)
RESUMO
A agricultura irrigada é uma alternativa promissora para o Nordeste, porém deve-se levar em conta que em algumas situações as fontes de água são salobras. Além disso, a irrigação realizada de maneira inadequada pode provocar salinização dos solos e acarretar prejuízos para o rendimento das culturas. Os efeitos deletérios da salinidade no crescimento das plantas estão associados com a redução do potencial osmótico da solução do solo (estresse hídrico), distúrbios nutricionais, efeitos específicos de alguns íons (estresse iônico) ou uma combinação desses fatores. Nesse contexto, para sobreviverem ao estresse salino, as plantas utilizam vários mecanismos bioquímicos e fisiológicos, nos quais incluem o acúmulo seletivo ou a exclusão de íons, o controle na absorção dos íons e seu transporte para as folhas, a comparti mentalização dos íons nas células ou na planta como um todo, síntese de solutos compatíveis, mudanças na rota fotossintética, alteração na estrutura das membranas, indução de enzimas antioxidantes e hormônios vegetais. Portanto, o aprimoramento de técnicas de manejo do solo, da água ou das culturas que resultem em au mento da tolerância à salinidade é de extrema importância para a manutenção da produtividade agrícola em solos com excesso de sais. Ao lado de tais estratégias de manejo, os geneticistas têm desenvolvido pesquisas envolvendo a seleção e melhoramento de materiais que sejam mais tolerantes à salinidade.
PALAVRAS-CHAVE: Estresses abióticos, tolerância à salinidade,