O principe, Maquiavel
Introdução
Dito e havido como pai da ciência social, Nicolau Maquiavel, nascido em 1469 e falecido em 1527, realizou a obra O príncipe, como presente dedicado ao Príncipe lourenço de Médici, governante do estado de Florença. Homem profundamente marcado pela história, tanto como testemunha como agente direto, Maquiavel inaugura nesta obra uma teoria política calcado no empirismo, na história passada e nos recentes acontecimentos que sacudiam a Itália em sua época. Uma região fragmentada em vários reinos em recorrentes conflito, a formação do Estados Nacionais, o fim do feudalismo e inicio do mercantilismo, o surgimento do renascimento e principalmente, o Papado de Alexandre VI com o auxílio de seu belicoso filho Cesare Borgia. Figura histórica polêmica com quem o autor teve contato pessoal e o impressionou de tal forma, que não só é constantemente citado ao longo da obra, como é apontado como o modelo ideal de Príncipe; conforme será apresentado no apêndice do presente resumo.
Resumo
Disposto em vinte e seis capítulos, Maquiavel apresenta-nos os seguintes conceitos: Os Estados se dividem em repúblicas ou principados. Entre os principados eles se dividem em hereditários ou novos (conquistados normalmente). Logo no primeiro capítulo nos é apresentado o os meios pelo qual se governa; a fortuna e a virtù. Os principados hereditários são aqueles em que se encontram menos dificuldades em governar; bastando pra isso, que seu príncipe mantenha a ordem instituída pelos seu antecessores. Já nos chamados novos principados há grandes dificuldades nascidas primeiramente de uma natural: Quando o povo muda voluntariamente de governante, acreditam necessariamente em uma mudança pra melhor. O que acarreta na necessidade imperiosa de ofender o povo pelo meio da repressão, o que o torna inimigo do povo e lhe faz perder a amizade do que lhe ajudaram a tomar o poder, pois não pode cumprir integralmente o que