O principe 12 a 16
Na ótica maquiaveliana, a base principal de um Estado são boas leis e bons exércitos. Há três tipos de tropas, são elas, próprias, mercenárias, auxiliares ou mistas. Sendo as mercenárias e as auxiliares prejudiciais e perigosas.
Os soldados mercenários são covardes, seu único motivo pra lutar é o salário, que nunca é o suficiente para que morram pelo Príncipe numa batalha. São dispostos ao Príncipe em tempos de paz, mas ao chegar à guerra, o abandonam.
E a experiência demonstra que só os Príncipes e as republicas armadas obtêm grandes progressos, pois as forças mercenárias só sabem causar danos; e também que uma republica que tenha exercito próprio se submeterá mais dificilmente ao domínio de um dos seus cidadãos do que uma republica com armas mercenárias.
Os mercenários pensam em si e no que vão ganhar, não no êxito do monarca. O melhor sempre é usar suas próprias armas. A vitória obtida através da força e armas alheias não é uma vitoria genuína.
O Príncipe , Maquiavel Resumo – Capítulo 13: Forças auxiliares, mistas e nacionais
Maquiavel iguala as forças auxiliares com as mercenárias: são inúteis. As tropas auxiliares podem até ser em si mesmas eficazes, mas são sempre perigosas para os que delas se valem se são vencidas, isto representa uma derrota; se vencem, aprisionam quem as utiliza.
Quanto às tropas mistas, Maquiavel diz sê-las mais eficazes que as compostas inteiramente de mercenários ou auxiliares, mas são muito inferiores que um exército inteiramente nacional.
Um Príncipe prudente, por conseguinte, evitará sempre tais milícias, recorrendo a seus próprios soldados; preferirá ser derrotado com suas próprias tropas a vencer com tropas alheias, vitória que não se pode considerar genuína.
Em conclusão, nenhum Príncipe pode ter segurança sem seu próprio exército, pois, sem ele, dependerá inteiramente da sorte, sem meios confiáveis de defesa, quando