O prazer no ato do parir
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
PROFESSORA: ANDREA JEAN
ALUNA: JULIANNE MILENNA PADILHA ROLIM
O PRAZER NO ATO DO PARIR
Kalu Brum tem 29 anos e é mãe de Miguel, nascido há dois de forma natural. Ninguém melhor do que ela para descrever o parto: “Lembro da sensação quente, do escorregar daquele pequeno corpo pelas minhas entranhas. Eu estava ali, nua, fêmea, selvagem, desfrutando do prazer mais intenso que já vivi. Um longo orgasmo selou sua passagem para esta vida, quebrando com o paradigma de que nascer é sofrer”
O fim da gravidez pode ser mais legal do que se imagina. Além da emoção de ver o rosto do filho pela primeira vez, o momento do parto não precisa ser associado só ao sofrimento e à dor. A cultura ocidental é tão repressora que nos levou a esquecer que o parto é um evento fisiológico, natural, animal, e não uma doença, que requer toda a atenção médica. É claro que existem alguns riscos, mas eles são baixos, chegam a no máximo 10%, sendo que se olharmos pelo outro ângulo, então 90% dos partos podem acontecer tranquilamente, normais ou naturais, sem que haja risco para mãe ou bebê.
Quanto mais bem informada ela estiver a respeito da fisiologia do parto, sobre os benefícios do parto natural, sobre suas possibilidades de conseguir passar por isso, sobre o que acontece na formação médica e porque eles agem com tantas intervenções, sobre os mitos que são tratados como verdades e muitas vezes usados para induzir a mulher às escolhas que não são as melhores naquele momento, melhor será a experiência de parto das mães e bebês. Mesmo que nas contrações haja alguma dor, após o parto, as mulheres que tiveram partos naturais relatam que passariam por tudo novamente, pois a dor desaparece assim que o bebê nasce, e muitas vezes a dor é mínima, ela é sentida com a percepção de atividade, com o prazer de quem sabe que está sendo ativa, que está fazendo exatamente o que escolheu. A dor está intimamente ligada à forma