O povo brasileiro
O capítulo 1, intitulada Matriz Tupi, inicia comentando sobre a “descoberta oficial” do Brasil pelos portugueses. Depois começa uma descrição minuciosa do índio. De acordo com o relato de Washington Novaes, o índio se basta, pois sabe fazer tudo que ele vai precisar ao longo da sua vida.
A convivência indígena era pacífica, onde os índios dividiam suas moradias, seus “pertences” ficavam expostos, porém não havia furtos, diferente de outras nações. Este tipo de convivência era feita através do modelo dos mais velhos e no “fazer e refazer”. Nota-se nesta parte do documentário, a figura do “bom selvagem e do mau civilizado”, descrito no texto de François Laplantine. O bom selvagem era descrito como um ser que tinha suas próprias “organizações políticas”, vivendo em harmonia com a natureza e os seus semelhantes, sendo às vezes superior aos seus colonizadores (o mau civilizado).
Os índios tinham liberdade sexual, porém adultérios femininos poderiam resultar em espancamento. A divisão de trabalho entre homens e mulheres era notória. Era função da mulher cuidar da roça e da alimentação. Já ao homem cabia a fabricação de armas e canoas.
Os Tupinambás foram os que mais tiveram contato com a civilização europeia. Eles se dedicavam as guerras e festas. Entre a sua tribo, a convivência era amigável. Porém, entre seus inimigos, eram implacáveis. No entanto, havia uma ética entre eles. Se um índio fosse derrotado, era feito de escravo pelo vencedor. E não havia fugas, pois feria a moral deles. O ponto máximo era quando o perdedor era devorado pela tribo vencedora.
Outra característica marcante dos índios era a não apropriação do conhecimento. O conhecimento era compartilhado e nenhum índio mandava em outro por saber mais.
Darcy Ribeiro termina o primeiro capitulo deste documentário dizendo que herdamos vários costumes indígenas, como a utilização