-O Brasil Crioulo: é representado pelos negros e pelos mulatos na região dos engenhos de açúcar no nordeste brasileiro, nas terras de Massapé e no recôncavo baiano. Depois da abolição, o ex-escravo ganhava um pedaço de terra (fica como um agregado da fazenda, em terra dos outros) para produzir comida e comprar sal, panos e satisfazer necessidades mais essenciais. No século 19, a roda d´água e a tração animal foram substituídas pela máquina a vapor e os senhores de engenho por empresas bancárias. Em 1963, com a ditadura militar, houve o retorno ao antigo poder dos senhores das fazendas, que reagiram ao projeto de pagamento de salário mínimo, através da elevação do preço do açúcar. -O Brasil Caboclo: no século 19 e últimas décadas do séc. 20, foram para a Amazônia 500 mil nordestinos (fugindo da seca) para trabalhar com extração de látex (borracha) das seringueiras e, por isso, mais da metade dos caboclos que já viviam deste trabalho, foram desalojados para as cidades de Belém e Manaus, perdendo-se a sabedoria de viver nas florestas que eles herdaram dos índios. Em cada seringal, os mestres ensinam a sangrar a árvore sem matá-la, colher o látex e depois defumá-lo em bolas de borracha. Em cada 10-15 km raramente se encontra 200 seringueiras. Percorre-se, duas vezes por dia uma mesma estrada: de madrugada para sangrar as árvores e ajustar as tigelas ao tronco e na segunda vez, para vertê-las num galão que levará para o rancho. Depois, trabalha na tarefa de coagulação do látex. Além de coletor, se dedicava a caça e a pesca e se protegia das flechas dos índios. Nos primeiros anos da presença dos portugueses na Amazônia, índios são escravizados para buscarem na mata as “drogas da mata”, as especiarias, os produtos que a floresta oferece, como cacau, cravo, canela, urucu, baunilha, açafrão, salsa parrilha, sementes, casacas, tubérculos, óleos e resinas. Eles “foram o saber, o nervo e o músculo dessa sociedade parasitária”. E isto porque nenhum colonizador