O positivismo sociológico
3.1 A Sociologia Positivista
O Positivismo adotou parâmetros teóricos que pressupunham que os códigos reguladores dos âmbitos físico e social diferiam quanto a seu caráter: os primeiros seriam relativos a acontecimentos do mundo dos fenômenos exteriores aos homens; os segundos, aos fatos pertinentes à problemática das questões humanas ligadas à interação e à convivência social. Os positivistas acreditavam que esses âmbitos possuíam uma origem comum, natural, apesar do reconhecimento de suas diferenças. Eles adotaram a lógica dos procedimentos de investigação das ciências naturais, como a Física, Química e Biologia.
Os positivistas conceberam a sociedade como um organismo combinado de partes integradas e coesas que funcionavam harmoniosamente, conforme um modelo físico ou mecânico de organização. O Positivismo também foi denominado de organicismo e darwinismo social. Essa qualificação é decorrente da influência que as pesquisas de Charles Darwin exerceram sobre sua forma de ver a sociedade, que dizia que apenas os seres mais aptos e evoluídos sobreviveriam. De um ponto de vista teórico, a sociologia positivista foi configurada pela tentativa de seus formuladores em constituir seu objeto de pesquisa, pautar seus métodos e elaborar seus conceitos à luz das ciências naturais, procurando chegar à mesma objetividade e ao mesmo êxito, nas formas de controle sobre os fenômenos sociais estudados, que aquelas estavam obtendo.
Caracterizando-se pela valoração dada aos fatos e a suas relações, tal como dados pela experiência objetiva, e pelo corte reducionista da filosofia aos resultados obtidos pela ciência, o positivismo foi o pensamento social que aclamou o modus vivendi do apogeu da sociedade européia do sec. XIX, em franca expansão econômica. Vem daí sua tentativa persistente na busca da resolução dos conflitos sociais por meio da exaltação à coesão, à harmonia natural entre os indivíduos e ao bem-estar do todo social.
3.2 Émile Durkheim e