O positivismo ou o Princípio do Barão de Münchhausen (pp. 15-33)
LÖWY, Michael. As Aventuras de Karl Marx contra o Barão de Münchhausen: Marxismo e positivismo na sociologia do conhecimento. Cortez, 1998.
Luisa Chagas da Silva Leão - 22/10/13 - História III
O autor inicia o capítulo analisando tópicos da teoria positivista utilizada nas ciências da natureza quando empregada nas ciências sociais.
"3. As ciências da sociedade, assim como as da natureza, devem limitar-se à observação e à explicação causal dos fenômenos, de forma objetiva, neutra, livre de julgamentos de valor ou ideologias, descartando previamente todas as prenoções e preconceitos." (p. 17)
Ele discorre sobre como a teoria positivista se transformou de "utopia crítico-revolucionária da burguesia absolutista" (p. 18) em "uma ideologia conservadora identificada com a ordem (...) estabelecida". (p.18)
"... uma sociologia do conhecimento (científico), uma análise da relação entre o saber e as classes sociais são contraditórios com o quadro metodológico fundamental do positivismo" (p.18) Nesse trecho o autor faz uma crítica à aplicação do positivismo nas ciências sociais pois, segundo ele, o positivismo nega o "condicionamento histórico-social do conhecimento". (p.18)
O autor faz uma crítica ao positivismo de Condorcet e o relaciona ao Iluminismo.
Condorcet e Saint-Simon, segundo Löwy, foram grandes defensores do positivismo nas ciências econômicas, políticas e sociais. Para ele, Condorcet tinha um objetivo ao julgar tais ciências passíveis de investigação positivista. "... seu objetivo confesso é o de emancipar o conhecimento social dos "interesses e paixões" das classes dominantes." (p.20)
Já Saint-Simon acreditava, na visão de Löwy, que as ciências sociais deveriam se tornar positivas (sendo o primeiro a utilizar esse termo), "pois não existe fenômeno que não possa ser observado do ponto de vista da física dos corpos brutos ou do ponto de vista da física dos corpos organizados,