O PAPEL DO GESTOR NO COMPLEXO UNIVERSO DA CULTURA ORGANIZACIONAL

Em um sentido restrito, podemos definir uma organização como a combinação de pessoas, recursos e tecnologia visando atingir um determinado objetivo.

Dentro deste contexto, a cultura de uma organização pode ser sinteticamente definida como o conjunto de hábitos, crenças, valores e símbolos que a particularizam frente às demais, consequência da interação entre estrutura da organização e os indivíduos que nela trabalham (BERGUE, 2012).

Outra contribuição importante em relação à definição de cultura organizacional é a definição do termo como sendo o:

[...] padrão de assuntos básicos compartilhados que um grupo aprendeu para resolver seus problemas de adaptação externa e de integração interna e funciona bem a ponto de ser considerado válido e desejado para ser transmitido aos novos membros. É a maneira correta de perceber, pensar e sentir em relação aos seus problemas. (CHIAVENATO, 2007, p.286-287)

Podemos afirmar que a configuração cultural de uma organização, emerge essencialmente dos interesses e valores das pessoas, elemento notavelmente dinâmico, que requer adaptações aos novos cenários.

Existem diversos fatores que irão influenciar no que definimos como cultura organizacional, fazendo com que o arranjo cultural de cada organização seja único. Por se tratar de um curso voltado para a Gestão Pública, podemos citar alguns exemplos de características que influenciam na singularidade cultural de uma organização pública:

• Características inerentes organizações públicas (Estabilidade, benefícios, direitos, deveres, etc.);
• Divergências entre objetivos organizacionais e objetivos individuais;
• Normas, regras sociais e aspectos de fundo normativo (constitucional e legal);
• Hierarquia e centralização decisória;
• Paternalismo (licenças, vantagens e concessões especiais que beneficiam os agentes em excessiva disparidade em relação à média, entre outros elementos capazes de evidenciar os contornos culturais de uma organização);
• Interferência