O papel da mulher na idade média

O papel da mulher na idade média com base na “Demanda do Santo Graal” Decidi tratar no presente trabalho, a relação de adultério da rainha Genevra e do cavaleiro, Lancelot. Neste sentido e visto que, poderia alongar imenso o tema, decidi incidir a minha atenção, principalmente, para o papel da mulher e do matrimónio na Idade Média, tendo como base o romance arturiano. Para o medievalista Georges Duby, o dever mais importante do chefe da família era possuir o controlo sobre a vida das mulheres que viviam sob sua tutela, tendo total liberdade para tomar decisões sobre as suas vidas. Assim, a condição feminina na Idade Média sempre foi transmitida como uma condição de 'submissão' em relação aos homens, pelo menos entre a aristocracia feudal. Assim, abordando a problemática da relação de adultério no romance arturiano, note-se que o adultério é tratado como uma questão social, que se traduz no conflito dos amantes, por um lado, e da corte, por outro. O meu maior interesse ao produzir este trabalho é tratar das consequências que este caso teve na obra arturiana, partindo dos pressupostos da época relativamente a esta temática.
O adultério no romance arturiano Desde o início do romance arturiano, encontrámos momentos que preveem a condenação do caso de adultério mantido entre a rainha Genevra e o cavaleiro, Lancelot. A relação amorosa entre estas duas personagens é uma adaptação do fin’Amors (que consiste na relaçao de um homem, normalmente cavaleiro, nobre e solteiro com uma mulher de estatuto elevado). Assim, Lancelot assume o papel de amante da rainha, consumando-se assim uma relaçao de adultério e traiçao para com o rei e o reino. A figura régia feminina, deve mostrar alegria face às proezas dos cavaleiros, de forma a garantir a presença de bons cavaleiros na corte. Este tipo de amor devia ser pautado pela mesura, não devendo trespassar os limites que o levam ao adultério. Cabia então, à mulher manter essa distância, sem que a afeição entre ambos