O novo estado industrial
O poder econômico desde as sociedades antigas teve diferentes fatores de produção, excluído o talento empresarial, como sua base. Entretanto, esse último fator é que passa, na contemporaneidade, a ser a forma de poder, segundo Galbraith. Pois antes, a ordem de produção era, segundo os economistas clássicos, determinada pelo mercado, não pela decisão do capitalista, logo o poder não se emanava do talento, mas da posse dos fatores que a produziam, o qual o último era a posse sobre o capital.
Galbraith observa que nos tempos modernos o poder passa a se fundamentar no talento de indivíduos dentro duma organização, ou “inteligência organizada”. Ele relata as provas desse deslocamento, tais como: a diminuição no quociente de representação legal de votar por ações devido à maior fragmentação desses direitos; pouco exercício desses por parte dos acionistas durante as assembleias; e, exigências tecnológicas; possibilitando assim, identificarmos que os donos do capital, agora, não estão tão presentes nas decisões da empresa. A principal causa apresentada a esse deslocamento está na necessidade de se considerar diversas informações simultaneamente para a tomada de descisão, sendo elas muito específicas e técnicas a uma determinada área do conhecimento, exigindo para isso um individuo ou grupo encarregado de interpretá-las e extrair dessa a premissa mais relevante. Desse modo, o esforço pelo sucesso da organização sai do indivíduo e passa a “personalidade de grupo”.
O poder na realidade passou para aquilo que qualquer pessoa em busca de novidades considera justificado em chamar de novo